Pelotas Pública


Camelôs fora de controle da prefeitura
agosto 4, 2009, 19:09
Filed under: É uma pena | Tags: , , , , ,

Sob a desculpa da “questão social” Pelotas, assim como todo o Brasil, se esconde, ao invés de resolver um problema que contradiz a lógica, a moral e a própria Constituição Federal. Diz o caput do artigo 5º da Constituição Federal brasileira a máxima, tão usada de maneira inflamada em discursos políticos e em promessas cuspidas ao léu: “todos são iguais perante a lei”.

camelódromoEntão me pergunto: por que eu pago imposta, IPTU e uma carga tributária excessiva em minha Micro Empresa, que gera emprego a, ao menos, 1 funcionário, se os “camelôs” não precisam pagar nada? Perante que lei todos são iguais? Uma lei imaginária…

Segundo Soler, secretário da Secretaria de Planejamento Urbano (Seurb), “Estas pessoas estão ali porque não encontraram colocação no mercado formal de trabalho. São desempregados que precisam desta atividade para sua subsistência. Enquanto não houver uma política econômica de inclusão social, existirão os camelôs, em todas as médias e grandes cidades do Brasil.”

É justo tratar essas pessoas que, teoricamente, não possuem condições no mercado de trabalho? Não precisa ser nenhum grande investigador para perceber que muitos ali possuem carros (alguns não apenas um), empresa constituída e funcionários. Há empresa de venda de material esportivo de um dono de uma academia. Há verdadeiras lojas de celulares de pessoas que também possuem lojas no calçadão de Pelotas. Há um bar, que é uma filial de um famoso bar em Pelotas. Essas pessoas “encontraram colocação no mercado formal de trabalho”, senhor secretário?

CamelôsO que mais chama atenção, porém são as notícias que se lê na recém publicada “Revista de Prestação de Contas 2005/2008” e no site da prefeitura (www.pelotas.rs.gov.br). Segundo o site da prefeitura, o “camelódromo” “está sendo administrado por uma associação de ambulantes que ali se instalou. Aquele espaço é público, mas sua administração é privada desde o governo passado. Nesta época a Prefeitura deixou de ter controle sobre a situação, e estamos tentando estabelecer um diálogo com a administração do camelódromo para que possamos tornar aquele espaço público novamente”. Já na revista lê-se: “Ampliação do camelódromo: construção de 200 bancas e sala para treinamento permanente de empreendedores formais e informais”. Treinamento de “empreendedores informais”? Faça-me o favor!

Além da vergonhosa localização, à frente do prédio da Receita Federal, as ações que serão tomadas pela Prefeitura são de ampliação e treinamento, em parceria com a informalidade. Considero um incentivo, pois o empresário dito formal, não possui regalias, pelo contrário, é taxado e, caso não tenha condições de arcar com os tributos, é processado e ganha um cadastro negativo em sistemas de proteção ao crédito. Já “camelô” não, pois “não encontram local no mercado formal de trabalho”. Acho que a solução é essa: ninguém encontrar local no mercado de trabalho. Só assim “todos serão iguais perante a lei”.


20 Comentários so far
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Hahaha é vergonhoso mesmo…

Ps.: Google Earth..

Comentário por Perrone

Sinceramente vergonhoso é pouco, pois pagamos impostos pra que? Se for assim eu também quero a minha lojinha no camelo para não ter q pagar nada!

Comentário por Miguel

Fato: mercado informal gera mais mercado informal.
Outra coisa: aquilo ali é tráfico.
e ao contrário do que se diz , não só de filmes piratas e quinquilharias, mas de medicamentos(inclusive abortivos) e drogas.
Mas é muito mais fácil investir umas merrequinhas no “camelódromo”(ai…como dói essa palavra…) do que tentar trazer investimentos sérios para pelotas, que apesar de ser a cidade mais caloteira do país, tem um mercado consumidor grande e facilmente influenciável.
Depois, em tempos de eleição, reformas enchem o olho do eleitor “pseudoantenado” que assiste globo e faz consulta na wikipédia.
sério, o Fetter não tem vergonha na cara.
O Anselmo pelo menos esterelizava mulheres no hospital, não via traficante.

Comentário por NiZe

[…] vocês lerem esse artigo escrito no meu outro blog: Camelôs fora do controle da prefeitura, entenderão que rende mais ser ilegal do que bancar o João do Passo Certo. Um projeto da […]

Pingback por Empresa « Fantástico Cenário

Todo mundo fala mau dos camelo, mas mais de 70% da populaçao de pelotas compra nos camelo”

Comentário por Camelo

O mundo e de todos Deus fez ele pra todo mundo, e chega certos cara e manda paga pra fica em sua casa paga inpostos paga tudo pra eles, afinal o mundo é nosso ou da prefeitura?

Comentário por Camelo

gostaria de informar que os camelos pago, todos os imposto proposto por lei, onde se referem que os mesmo nao pagou, IPTU, AGUA, E LUZ,procure a se informa pois todos pago este inposto e 80% e nicroempressa, ante de falar bobagem tome conhecimeto do caso.

Comentário por Ailtom Canguçu

rafael para sua informaçao, sou eu dono da loja de artigos esportivos, sou instrutor de boxe, juiz de ringe filiado a federaçao rio-grandense de pugilismo, tecnico da confederaçao brasileira de boxe formado em nutriçao e curso hoje faculdade de fisioterapia ultimo ano se pra ser homem tem q mostrar seus dotes convido a ti a subir no ringe com esta cuia e esta tua cara de pau para debatermos melhor este assunto de homem para homem isso se não estver te ofendendo “o bixa atolada com dor de cotovelo” tu deveria de comprar um controle para esta tua lingua se tu queres fazer alguma media com oprefeito de pelotas mostra tuas contas em dia! e te informa melhor para os proximos comentarios!!!!

Comentário por claudinho

Palavras e linguajar incríveis para uma pessoa que se diz tão bem instruída. Parabéns Federação Rio-Grandense de Pugilistas! Demonstra uma inclinação interessante por parte de seu integrante, se é que ele responde por tal instituição, já que fez questão de se referir ao título.

Comentário por Rafael

Pois é né.
Poderiamos, antes de sair xingando, ler e, se não for muito difícil, tentar entender o que está escrito.
Me admiro ao ler certos comentários, pelo modo de escrever e de manifestar a sua opinião sobre o assunto.
Podemos discutir aqui sobre diversos pontos de vista e, ao mesmo tempo, sermos civilizados.
Estou espantado ao ver pessoas dito cultas com determinados linguajares.
Por favor, antes de tomarmos uma atitude, vamos pensar, tentar entender e, acima de tudo, respeitar os outros.

Comentário por Felipe Bandeira

A Prefeitura ensaiou um principio de conversa,no entanto a mesma mudou o rumo das conversas e unilateralmente projetou um Shopping Popular baseado em uma experiencia desastrosa como a de Porto Alegre.Naverdade o maior interesse da Prefeitura é fugir de sua responsabilidade,entregando a muma empresa privada a administração de um espaço público.

Comentário por airton pereira

Vergonhoso é tratar artesão como cameló, compramos nossos materiais a se tranformar em produto, nessas lojinhas pequenas que vem nas mercadorias os impostos embutido, as mesmas não nos querem nas ruas, mesmo que nossas mercadorias não seguem os padrões de fabricação de uma industria, mas tende a ter um valor agregado se forem comercializadas por estes que compram a preço de material de escravos, os mesmos que viajam e compram produtos artesanais lá fora de artesão que vende como camelós

Comentário por Edna Lucia Constantino da Conceição

Meu caro Rafael, apesar de ter lido o teu comentário tarde gostaria de ressaltar que estás muito mal informado a respeito dos camelôs. Ali há sim muitos trabalhadores que não encontraram espaço no mercado formal e buscaram no circuito inferior da economia uma saída para sustentar as suas famílias. Também ali todos de alguma forma pagam seus impostos sim, pois não á como fugir a essa regra no país. Vejo que há coisas muito mais sérias a serem discutidas que estão acontecendo na cidade ou no país, por que o global também afeta o local, como a precariedade da saúde (o nosso pronto socorro é uma vergonha), a segurança (a cada dia nossa cidade se torna mais violenta), e que há mais de 30 milhões de brasileiros se alimentando do lixo. Isto sim é vergonhoso para a cidade e para o país e não aquelas pessoas que estão ao seu modo tentando sobreviver neste mundo capitalista, elitista, excludente e preconceituoso.

Comentário por Beatriz

E mais a prefeitura esta abrindo mão de fazer a sua parte na administração pública. Diz que vai construir um shopping popular e passar a adiministração desse pra uma empresa privada que terá o direito a explorar esta área por 25 anos, cobrando um aluguel das bancas; sendo que as estimativas para pagar a contrução do tal ” shopping popular” é de 4 anos. O resto é lucro para a empresa, sendo que está utilizará o diinheiro público ( emprestado pelo banco mundial). Quem é o correto nesta história?

Comentário por Beatriz

Respondendo a todos.

1- Quando escrevi esse post não havia essa proposta (pelo menos formalizada como está) de shopping popular. Portanto, não é disso que trata. Não digo quem está certo e quem está errado nessa senda.

2- Se você tem uma banca, paga impostos, taxas, salário para seus funcionários (se os tiver), não pratica descaminho nem sonega, parabéns, você não é camelô. Não precisa fazer tudo isso para ser camelô, mas se está com tudo isso em dia, não o é, portanto, não precisa vir aqui me xingar e dizer que paga tudo. O que falo no post é o descontrole que a prefeitura tinha (ou ainda tem) sobre o local e sobre a facilidade perante empresas legalmente regulares. Se você for um empresário regular, não se sinta ofendido e não me xingue.
Agora não é porque paga-se o IPTU da casa em que reside, que não há necessidade de pagar IPTU do local onde exerce o comércio. Não confundam “pagar impostos” com “pagar TODOS os impostos”. Uma Micoempresa deve recolher o Simples (na forma da lei, e não sonegado), além do RAIS, GFIP, IRPJ, ISS (se for prestadora de serviço), além de eventual taxa municipal.

3- Sei que há um grande problema social, uma grande falha no provimento de postos de trabalho na cidade, que não há incentivo industrial, baseando toda a economia na frágil relação comercial. Sei que poucos empresários têm domínio sobre muitas lojas e acabam “controlando” o comércio local. Porém, um ato ilícito não justifica uma dificuldade. Matar alguém para ficar com seu bem não justifica pela incapacidade de aquisição. Roubar não se justifica com a fome. Descaminho e sonegação são tipificados no Código Penal, logo, atos ilícitos e não podem ser justificados pela falta de oportunidade de trabalho. Eu sei que cada um se vira como pode, mas deveria ter uma solução, um pedido de isenção de impostos, a criação de uma cooperativa, algum movimento em prol dessa fatia da sociedade que não tem um posto de trabalho (seja particular ou público), porém de forma LEGAL, REGULAR.
Abrir mão para ilegalidade não vai sanar o problema, vai piorar. A contrapartida da arrecadação de impostos, que é convertida em benefício para a sociedade, seja com saneamento básico, seja com segurança e iluminação pública, será cada vez mais prejudicada, à medida que se deixa de arrecadar impostos e tributos.

4- Não são só os camelôs (e nem são todos eles) que sonegam. Eu tive um comércio e “pequei” por tentar ser honesto e regular segundo a legislação em vigor, porém, bati de frente com comerciantes que conseguiam preços infinitamente inferiores aos meus por sonegação de impostos e superfaturamento de notas e produtos. Isso é ilegal e prejudica comércio formal.

Comentário por Rafael

e muito importamte as pessoas antes de faserem comentarios conhecerem como funciona a situacao do camelodromo de pelotas pela pesquisa que fis as 400 bancas do camelodromo pagam iptu e aprosimadamente 300 das mesmas pagam seus impostos junto a receita,tambem gerando muitos empregos e pagando um salario maior que o do comercio.

Comentário por fabio goiaba

Não estou reclamando de quem paga, mas de quem não paga. Leia meu comentário acima. Se tu pagas, nem precisa te ofender, pois não és camelô.
Quanto a salário maior que o do comércio, refuto por completo essa tua alegação.

Comentário por Rafael

o melhor que temos a fazer é trabalhar, pois não estamos roubando, estamos, sim , dando nosso sangue para podermos sustentar nossas famílias, portanto queremos no mínimo respeito por parte do poder público. é o que sabemos fazer.

Comentário por izabel

Trabalhar e pagar impostos, como os demais trabalhadores. Fazer tudo que a lei manda nos dá respaldo para reivindicar direitos. Todos temos direitos e DEVERES.

Comentário por Rafael

alguem presiza de um funcionario para trabalhar em alguma banca ? estudo a noite e estou a procura de um emprego moro no jardim america masi pago as minhas proprias passagens. contato:evertondesouzaduarte@hotmail.com / 05384319351

Comentário por Everton Duarte




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